Fotografia de Eduardo Gageiro |
"Tropecei" neste livro que estava em exposição na Biblioteca, o nome das coisas, publicação da Obra Poética de Sophia de Mello Breyner Andresen. Escrito muito antes de eu ter nascido. E muito mais antes de este blog, e este nome ter sido criado. Mas gostei da quase coincidência, mais ainda das explicações que procuramos encontrar nas coisas que nos transcendem.
Peguei no livro, e como sempre, gosto de abrir numa página ao acaso, e descobrir "que sorte me calha".
A "sorte ditou":
Os erros, página 42:
A confusão a fraude os erros cometidos
A transparência perdida - o grito
Que não conseguiu atravessar o opaco
O limiar e o linear perdidos
Deverá tudo passar a ser passado
Como projecto falhado e abandonado
Como papel que se atira ao cesto
Como abismo fracasso não esperança
Ou poderemos enfrentar e superar
Recomeçar a partir da página em branco
Como escrita do poema obstinado?
Agora mais coisas fazem sentido :)
Obrigada Sophia.
A resposta é sim.