sexta-feira, 24 de abril de 2015

este blog não é


Foto | Mad Men

Há uma ano atrás, e em vésperas de dia da revolução de abril, surgiu a primeira mensagem deste blog, cujo nome nasceu há muito mais tempo, mas isso também não vem agora ao caso.
Ou talvez venha, já que desde que o iniciei, tenho tentado seguir uma linha editorial que represente a minha forma de estar e ver o mundo e os outros, que mostre a forma como eu vejo as coisas, as relações, a vida em geral, a maternidade em particular, com pequenos/ grandes detalhes à mistura que fazem a própria vida valer a pena, boas ideias para pôr em prática, motivação para superar as angustias que nos tocam a todos, mas sobretudo inspiração para ver o dia-a-dia com outros olhos.
Neste processo de (in)definição, tenho pensado sobre que tipo de blog é este. 
Como ainda não percebi bem aquilo que ele é, decidi começar pelo que não é.
Este não é um blog para mães e mulheres perfeitas. Aqui aceita-se (e já agora incentiva-se) a imperfeição de todo e qualquer ser humano.
Este blog não subscreve que a mulher dos dias de hoje deve ter quatro filhos, três mestrados,  duas pós-graduações, um marido bom e bonito para ser absolutamente feliz. Até porque aqui também se apela a que hajam alguns dias infelizes, porque os há.
Lidem com isso.
Este não é um blog onde se ensina a ser a dona de casa perfeita, mas defende que o amor às pequenas coisas da casa, do lar, é uma parte muito importante do saber estar em família.
Este blog não gosta que se diga mal dos filhos. Quem diz mal de um filho, diz mal de um pai.
Além de que, as queixinhas são uma coisa muito feia. Cresçam.
Este blog quer ser anónimo porque sofre (só um bocadinho) de um transtorno da personalidade anti social. A autora deste blog fez uma página de facebook para o blog porque foi obrigada pela sua melhor amiga.
Este blog é ainda um acto de egoísmo puro.
São as coisas que me passam pela cabeça todos os dias, e que às vezes partilho (sem filtro) ou corrector mental. É a forma como eu vejo as coisas, é o modo particular de como eu apreendi o mundo e de como me reconheço, e assim vou escrevendo e reflectindo acerca do que me entusiasma, me motiva e me transcende.
Porque  aquilo que gosto está para além do directamente observável, porque é o peculiar avesso das pessoas e das coisas.

2 comentários:

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