segunda-feira, 4 de maio de 2015

as mães também gostam de dormir


vamos traduzir à letra: quanto mais feliz fores, menos necessidade tens de dormir, para funcionar na vida do dia-a dia. A tristeza aumenta a necessidades de dormir mais. 
Gostaria no entanto de operacionalizar de forma objectiva o termo: "quanto mais feliz fores"...porque ser feliz não é o fim é um meio, é preciso que nos consciencializemos disso assim que colocamos os pés fora da cama de manhã, ainda que só tenhamos dormido uma hora ... ou porque o mais novo acordou de hora a hora para mamar, ou porque o mais velho acordou com dor de ouvidos, seguindo-se o ritual de vir para a cama dos pais procurar aconchego e carinho. Se esta privação de sono não é já a felicidade em si, então ainda não sei o que é. É um tipo de felicidade por que há mais eu sei.


Mas há limites. Limites humanos, limites de sobrevivência, limites que nos permitem "funcionar no dia-a-dia". Se para umas pessoas, dormir quatro horas por noite é algo que suportam bem, para outras será o fim do mundo. Durante uma semana dormir três horas por noite é uma coisa, e dormir três horas por noite durante um mês é outra.
A necessidade de dormir, varia de pessoa para pessoa, de homem para mulher também. Não estou em posse de estudos que demonstrem esta correlação entre o sono e o género, apenas me baseio num exemplo caseiro e sobre o qual nem vou tecer observações suspeitas e imparciais.
Na verdade, quando estamos mais activos, mais motivados, mais entusiasmados seja com o que for, temos menos tempo para nos preocupar com o tempo que precisamos para repor energias, porque nem tempo para isso. Podemos recuar no tempo e lembrarmos-nos de quando fazíamos noitadas a estudar (ou a dançar), daquela altura em que tivemos que conciliar os estudos e o trabalho, de quando tivemos que acumular dois empregos, uma pós graduação, uma casa para limpar,não havia tempo para dormir (muito), mas também não havia para queixumes. Porque estamos "estafados", mas felizes demais para nos queixarmos. fazermos aquilo que gostamos, não nos cansa, dá-nos energia.  
De salientar, que não me estou a  referir a quadros preocupantes de perturbações do sono, fadiga, cansaço ou falta de energia. A linha entre o normal e o patológico é alo muito ténue, pelo que devemos estar atentos. Todos temos dias com mais energia ou mais cansaço, contudo a consistência e repetição de episódios de cansaço e necessidade de "dormir mais" são sinais que não devemos nem podemos ignorar.
Por isso, e à luz  desta citação, as mães (e pais) que dormem pouco, acabam por ter um "contentamento descontente", porque estão (sempre) cansadas mas (muito) felizes. Uma equação contraditória, mas entre estar descansada e infeliz e cansada e feliz, eu escolho a segunda opção.
Boa semana!!

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